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Economia de MS supera ritmo chinês, afirma Ricardo Amorim durante o MS Agro

MS Agro 2025

Economia de MS supera ritmo chinês, afirma Ricardo Amorim durante o MS Agro

Economista analisa cenário global, elogia transformação do agro estadual e reforça a importância da qualificação e da segurança jurídica
28/11/2025 - 14:00

O MS Agro 2025 reuniu, nessa quinta-feira (27), em Campo Grande (MS), produtores rurais, autoridades e especialistas para discutir tendências e desafios do agronegócio, com destaque para a palestra do economista Ricardo Amorim, eleito pela Forbes o analista econômico mais influente do Brasil. Consolidado como um dos eventos mais tradicionais do agronegócio sul-mato-grossense, o encontro reforça o papel do conhecimento na tomada de decisões estratégicas. A 16ª edição do MS Agro é realizada pela Famasul, com patrocínio do Senar/MS e do Sistema OCB/MS.

O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, destacou a importância de aproximar o produtor rural de análises econômicas qualificadas e ressaltou a clareza de Amorim ao explicar cenários complexos. “Principalmente pela visão clara que ele tem e da forma de se expressar, trazendo essa informação para o produtor rural aqui do nosso estado e mostrando como está a situação, não só do Brasil, mas do mundo na questão econômica”, afirmou. Bertoni também comentou sua atuação mais intensa em Brasília, pela representatividade junto à CNA, reforçando que debates como os do MS Agro ajudam a preparar o setor para os cenários projetados até 2026.

Durante a palestra, Ricardo Amorim destacou o cenário favorável para o Brasil e para Mato Grosso do Sul, impulsionado pelo agronegócio. "O Agro brasileiro cresce a ritmo que chinês tem inveja. Mato Grosso do Sul tem sido o estado brasileiro que mais cresce puxado pelo agronegócio. O crescimento médio do pib de Mato Grosso do Sul nos últimos anos é superior ao crescimento da china porque o que vem sendo gerado pelo agro movimenta toda a economia do estado, e isso por sua vez, faz com que a indústria, o setor de serviços sejam também bem mais fortes do que a gente tá vendo no resto do Brasil”, afirmou.

Segundo ele, o estado registra expansão em praticamente todas as culturas, além de queda na informalidade, aumento da renda e geração de empregos em diversos setores. Para acompanhar essa expansão, destacou o papel da qualificação profissional promovida pelo Senar/MS. “O trabalho que vocês fazem, o trabalho que o agro brasileiro como um todo, mas particularmente aqui no Mato Grosso do Sul faz, é um negócio incrível. A transformação que vem acontecendo é sensacional.”

Amorim explicou que o resultado obtido pelo produtor rural depende de três pilares. O primeiro é a capacidade de produção, diretamente ligada à produtividade, ou, como ele descreve, “o que você faz da porteira para dentro.” O segundo fator é o custo de produção, que tem parte relacionada ao manejo interno, mas também sofre forte influência externa. Segundo ele, “custo de financiamento, custo de compra de fertilizantes, de sementes, do que quer que seja, é impactado pelo mercado internacional, é impactado pelo que acontece fora.” O terceiro elemento é o resultado da venda, etapa que, conforme ressaltou, costuma receber menos atenção dos produtores por falta de tempo. “Em geral, o produtor brasileiro tem muito pouco tempo para conseguir dedicar para entender o que está acontecendo desse lado, e é por isso que eu acho que eventos como esse são tão importantes".

Após a palestra, Bertoni conduziu um bate-papo com perguntas enviadas pelo público, com destaque para temas como segurança jurídica e seus impactos no ambiente de negócios no mercado internacional. “Se não houvesse a insegurança jurídica, estaria chovendo dinheiro aqui. Com todos os problemas que a gente tem passado, entraram 10 bilhões de dólares de investimento no mês anterior; imagina se a gente (país) fizesse a nossa parte e parasse de atrapalhar". O palestrante lembrou que fatores globais continuarão influenciando o agro, mas o Brasil mantém posição estratégica. “Mesmo com possíveis mudanças no mercado mundial e no avanço tecnológico, o país segue como protagonista na produção de alimentos, energia e sustentabilidade”, concluiu. 

Assessoria de Imprensa do Sistema Famasul – Johnny Gomes e Laura Toledo